Agoras as Independanças escutam-se aqui:


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Elvis Perkins - 'In Dearland'

Elvis Perkins, o homem com nome de lenda mas que nunca procurou estatutos. Crescido numa família dividida entre Hollywood e o mundo da alta-costura, apaixonou-se por trovadores de guitarra às costas e deixou-se enfeitiçar pelas cores da pop. Ash Wednesday, de 2007, era um exercício de saudade, de despedida - a "quarta feira de cinzas" refere-se ao dia que se seguiu ao 11 de Setembro, em que a mãe do músico morreu no ataque terrorista em Nova Iorque. In Dearland esquece misérias pessoais e descreve paisagens criativas, exercício estilístico sobre influências e referências.

Perkins engana-nos com o single Shampoo, tema de menor esforço, que só foge da pop escrita por surfistas porque tem no horizonte os ritmos captados no Studio One de Kingston. A partir daí, In Dearland mostra-nos um cantautor que gostou de ouvir a melancolia na voz de Thom Yorke e agora a adapta a tradições de uma América musicada. Tão cowboy quanto aventureiro do asfalto - traduzamos: romântico apaixonado por Hank Williams e Tom Waits. Notas afinadas no tom de Dylan e tudo bem tocado. Por aqui, nestas Independanças, escuta-se Send Fond My Regards to Lonelyville.

O 'streaming' quer matar a estrela do vídeo

O que fazer quando o objectivo é ouvir uma canção que, temos a certeza, está alojada no infindável catálogo do YouTube mas nem por isso necessitamos de re-re-rever o correspondente teledisco? É passar por este site e subscrever o serviço Muziic, streaming do YouTube sem vídeos... até à próxima acção legal, desta vez sobre o criador do sistema, um jovem americano de 15 anos, o senhor David Nelson.

O barco do rock

Em meados dos famosos 1960, Londres swingava ao som das rádios que emitiam a partir do redor da Grã-Bretanha, estações offshore instaladas em navios ou plataformas recheadas de histórias pop. Richard Curtis (Quatro Casamentos e um Funeral ou Love Actually) recorda o espírito de tais tempos enquanto lhes acrescenta ficção. Realizou The Boat That Rocked, filme que tem estreia internacional marcada para 1 de Abril. Da banda sonora fazem parte os Rolling Stones, Yardbirds, Kinks, Dusty Springfield, The Who e Beach Boys. A música dos Beatles foi recusada por quem de direito e os Doors pediram 1,2 milhões de dólares por 30 segundos. Este é o trailer:

Tom Waits pela estrada fora

Objectos de desejo: Lowside of the Road. A transformação de Tom Waits - o ouvinte de Louis Armstrong feito inventivo compositor (um dos mais, um dos maiores, um dos inspiradores inevitáveis). O boémio fumador de copo na mão que se entyregou à vida de pai de família. Cantou amores disfarçados até se render às evidências. E uma vez amarrado ao compromisso (sempre voluntário, até hoje apaixonado) criou pérolas em disco nunca igualadas, sempre imitadas. Está à venda em tudo o que é quiosque cibernético. Páginas e páginas de histórias, não autorizadas mas de referência. A ler.

Lee Scratch Perry em Sines

Primeiras confirmações para o Festival Músicas do Mundo de Sines: Lee Scratch Perry (25 de Julho), que se junta aos italianos Circo Abusivo e os congoleses Kasaï Allstars (23 de Julho), estes com datas anunciadas nos respectivos MySpace mas ainda por confirmar pela organização do festival.

Palco para 'Dark Was The Night'

Todos o temos como certo, era isto que desejávamos ver, num palco aqui perto: o encontro ao vivo de boa parte dos nomes que fizeram Dark Was The Night. Dave Sitek, Dirty Projectors, Feist, My Brightest Diamond, The National, Sharon Jones & The Dap Kings já estão confirmados. Onde? Radio City Music Hall, em Nova Iorque...

A música a 360 graus

Quem assina é Michael Arrington, colunista habitual do Techcrunch, poiso para conversas tecnológicas mas nem sempre em formato digital. As suas palavras recordam uma conversa com um alto responsável de uma companhia discográfica multinacional. Ao que parece, a "indústria" acredita na descida das vendas de música até ao zero, sendo que tudo se resume a uma questão de tempo. Na verdade, até lá, resta-lhes perseguir infractores e fazer a aplogia do comportamento anti-pirataria. Depois, quando nada mais houver a fazer, instauram-se contratros "360", que abrangem todas as dimensões da vida de um músico, das gravações aos concertos, passando pelo merchandising. As palavras, recordamos, são de Michael Arrington, desejávamos apenas saber quem é este tal alto representante... Para os interessando, o texto lê-se na íntegra aqui.

Melodismos na noite escura

Que os cépticos perguntem "porquê mais uma compilação de músicos dados à generosidade". E que nós duvidemos de uma edição dupla construída para fazer da moda indie um exmplo para nomes maiores da constelação pop. Chegados ao terceiro tema, protagonizado por Ben Gibbard (Death Cab For Cutie, The Postal Service) e Feist, Train Song, sabemos que Dark Was The Night é, na verdade, uma montra do que mais deseafiante se vai ouvindo por estes dias (na linguagem musical urbana, entenda-se).

Ao segundo parágrafro, evitamos o desfilar do alinhamento. Afirmamos apenas isto: Bon Iver, the National, Yeasayer, The Decemberists, Arcade Fire, Beirut, Antony... E depois damos como certos dois pontos fundamentais: Dark was The Night é, de facto, escuridão e melancolia, mas é-o apenas porque essas são inspirações para boa parte das criações essenciais da história da música popular. E para quem esteja cansado de ler nomes estranhos de compositores do mundo anglo-saxónico, aqui tem um manual para iniciação à sua audição. Com erros de casting ou de selecção de canções, mas leves e facilmente olvidáveis. Dark was The Night ajuda na luta contra a sida (seu primeiro propósito) e ilumina sessões de discos caseiras. Um dos mais sedutores discos duplos dos últimos tempos, curiosamente.

Jarvis Cocker, o complicado

Por estes dias, Jarvis Cocker, o antigo vocalista e sr. espectáculo dos Pulp, deixou de fazer projectos mas continua a tomar decisões. Quando no final do ano passado viajou até ao Ártico, deixou crescer a barba para se proteger do frio. Diz que gostou do que viu e hoje não pensar em desfazer-se do seu novo visual. Da mesma forma, quando passou por Chicago para o Pitchfork Festival de 2008, encontrou-se com o produtor Steve Albini e deixou um recado: havia de voltar. Acabou por fazê-lo no início deste 2009 e prepara lançamento de um novo álbum a solo para 18 de Maio. Further Complications é o título, que deverá ter canção com o mesmo nome.

'Statues' e a banda que bate palmas e diz que "sim"

Hoje são estrelas pop, nome nascido de um romantismo do it yourself que deu frutos e acabou por se transformar em modelo exemplar de empreendorismo. Depois de dois álbuns acolhidos com ânimo por parte de gente opinadora e simples ouvintes, os Clap Your Hands Say Yeah preparam o regresso, com atenções mediáticas mas mantendo o espírito artesanal da coisa. Passaram pelo programa de Jimmy Fallon (o entertainer que agora ocupa o lugar de Conan O'Brien) e apresentaram Statues, uma nova canção. A mesma está disponível para download gratuito no site do grupo. Para os que ficarem desiludidos, os músicos avisam que o tema é ainda "provisório".

'500 Days of Summer'

Surge com o carimbo do festival Sundance. Quer ser uma comédia romântica que não o é mas parece-nos que o caminho é inevitável. Esse e o de uma banda sonora a escutar mais tarde (sem novidades mas com momentos agradáveis). 500 Days of Summer, com Zooey Deschanel como estrela:

Black Lips, tudo maus rapazes

Bandstand, coisa que temos entre as melhores a acontecer a esta Internet que se preenche de música até não haver tempo algum que seja suficiente para escutarmos e escolhermos, para gostar do que por aí se faz. Bandstand, porque a imagem está lá, na sua simplicidade, para nos fazer lembrar que a subtileza de uma canção está na sua essência. Os mais recentes convidados, os Black Lips, foram notificados para se apresentarem ao serviço com poucas horas de antecedência. Arriscamos que apenas precisavam do tempo necessário para juntar músicos e afinar os poucos instrumentos. Deixaram distorção e confusão em casa e ficaram-se por uma espécie de gospel de calças justas e cigarros nos intervalos. É que se respira neste Bad Kids, a primeira de três para ver e ouvir aqui:

Johnny Depp, John Dilinger, 'Public Enemies'

Johnny Depp, Christian Bale e Michael Mann a dirigir tudo. O primeiro destes nomes grandes deixa a escuridão e a sujidade de uma decadência urbana imaginada por Tim Burton para se renovar - melhor, para viajar no tempo e voltar a ser bad boy de alto gabarito. Public Enemies é o filme que conta a história de John Dillinger, estrela pop de uma América em recuperação económica e social, com o jazz como ópio e o dinheiro como vício. Este Dillinger roubava bancos e vamos conhecê-lo em breve mais ou menos assim:

Os Beatles, digitalmente jogando

Disse Paul McCartney em tempos: o catálogo dos Beatles vai chegar ao formato digital em 2008 ou 2009... As hipóteses começam a escassear, parece-nos. Mas as soluções ameaçam chegar sem grande alarido. Está confirmado o lançamento do Beatles Rock Band, peça de mobiliário tecnológico a usar com instrumentos tão populares como uma Playstation 3, uma XBox 360 ou até uma Wii. Videojogos com os fab four como protagonistas ou a oportunidade de sermos Beatles a qualquer hora, num sofá que vai de Liverpool a Abbey Road num ápice. Guitarras, baterias, baixos e vozes para aprendizes domésticos e as canções do grupo fora dos discos. O que se seguirá... Curiosos, é passar por aqui, ver esta imagem, e perceber que a data de lançamento é já coisa oficial:

Primeiros sons para 'The Eternal'

Não é o método mais cativante para dar a conhecer novas criações mas é o primeiro e o que está disponível. Ouçam-se os primeiros sons para The Eternal, o novo disco do Sonic Youth. A revelação foi feita pela Newsweek:



'The Eternal' a 9 de Junho

Depeche Mode - 'Come Back'

Começa a ser fácil e evidente percebermos em antecipação que o novo álbum dos Depeche Mode, Sounds of the Universe, terá bem impresso o carimbo "obrigatório". Nova justificação para uma avaliação prematura: Come Back...



Nas lojas a 20 de Abril

A Indústria da Música em Portugal

Notícia conhecida entre os textos publicados pelo blog Indústrias Culturais: O Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos de Música e Dança e o IASPM Portugal organizam o workshop A Indústria da Música em Portugal na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Orador Principal: Tózé Brito

Programa (11h-13h)

Sessão 1: 6 de Março
Produção Musical – elementos constitutivos e conceitos
Convidado – Rui Costa

Sessão 2: 20 de Março Editora Fonográfica: Orgânica; A&R – Da contratação à gravação Convidado – David Ferreira

Sessão 3: 3 de Abril História da Indústria Fonográfica e Novos Desafios
Convidado – Paulo Ferreira

Sessão 4: 17 de Abril Direitos de Autor e Conexos Contratos, Licenças, Agenciamento e Management
Convidado – Eduardo Simões

Sessão 5: 22 de Maio Noções gerais sobre produção de espectáculos
Convidado – Luís Montez

Sessão 6: 5 de Junho Promoção nos Media e na Internet
Convidado – Paulo Sardinha

Watchmen

Publicada entre 1986 e 1987, nos EUA, a série de BD Watchmen tornou-se referência no mundo dos comics. 12 títulos compõem uma das mais aclamadas graphic novels de sempre. Ao mesmo tempo, as sucessivas edições não evitaram que fosse também uma das mais procuradas e valiosas entre coleccionadores. Uma história que apresenta uma América de 80 alternativa, próxima da guerra nuclear com a União Soviética e em que os auto-determinados heróis são vistos como obstáculo a ultrapassar. Na quinta feira estreia a versão cinematográfica assinada por Zack Snyder (o mesmo de 300). Este é o trailer:

Bizarros Beastie Boys

"Tadlock's Glasses" é o nome de código para a missão que terá como resultado final um novo álbum dos Beastie Boys. Bizarre será o título final e os pormenores estão neste momento a ser ultimados.